Vou-lhes contar uma história...


Quando eu estava na quinta série eu tinha aula com uma professora de matemática cujo nome eu não me lembro mas se eu a encontrar na rua eu reconhecerei o seu rosto (nota: eu não me esqueço do rosto das pessoas, se eu o ver daqui a 10, 15 anos, eu me lembrarei de você, caro amigo), mas de uma coisa eu me lembro, teve uma aula que a turma estava fazendo uma grande algazarra, aí ela parou e disse uma frase a qual eu nunca esquecerei, eu procurei seguir, desde então, o que essa frase tem por de trás dos significados semânticos das palavras, ela disse:

"Todas as suas ações, tudo o que a gente faz na vida, sempre, sempre terá duas consequências, uma boa e uma ruim, dependendo do ponto de vista."

e essa "filosofia" nunca falhou, sempre deu certo, é uma maneira de encarar a lei que diz que toda ação tem uma reação, mas quando falamos da vida, dos sentimentos das pessoas, não podemos generalizar com apenas uma reação para cada ação...



acho que esse último acontecimento que ocorreu comigo deve ter servido para alguma coisa, gerou duas consequências... uma delas é o que eu senti no instante T, que sinto um pouco até agora e que provavelmente eu sinta por mais um tempo;
tristeza,
angústia,
sentimento de inferioridade,
dor (dói... pode parecer que não... mas dói... uma dor física inigualável... uma dor no coração, que quem nunca amou, nunca a sentirá... sorte ou azar o deles???),
raiva (é... raiva, é estranho ter essa sensação, você acaba sentindo raiva de você mesmo, de não ter sido bom o suficiente),
questionável (começou a surgir em minha cabeça perguntas cujas respostas eu não sabia, eu não sabia...)
em suma... eu me senti um LIXO!!!
mas por outro lado...
dizem que as pessoas crescem no sofrimento, que isso traz maturidade, faz brotar pensamentos cujas sementes os ventos não carregam...


eu sinto que eu estou mudando, não a minha forma de pensar ou de ser, mas minha forma de agir... ou será que não?...
que é só mais uma tramóia psicosomática induzida pelo meu inconsciente?...






"O CHORO É O SANGUE DA ALMA, MINHA ALMA ESTÁ SANGRANDO..." (Less, 25/03/2003)